VITOR JOAQUIM # 53

53 anos depois daquele ano, não é a conta que Deus fez, mas é uma conta a três. Envolve um, dois e o somatório dos dois: três. Três acontecimentos, três coisas, três tempos. Um conhece-se muito bem, ou outro mal se sabe o que é, e o terceiro é como o vento, não se sabe se é, ou se foi. 53, um número que facilmente se lembra, ou talvez não, um número que faz doer a muita gente e a alguns muito em especial. Se fosse um dia, podia-se dizer que era o dia em que o mundo mudou, mas não foi um dia foi uma eternidade, e se calhar não mudou nada. Já era tudo assim, e continuou tudo assim. E de lá para cá, há apenas a acrescentar o número 53. Um número que nunca é o mesmo mas que representa sempre o mesmo, o tempo que passou de então para cá. E sendo tudo diferente, é também como se nada tivesse mudado e tudo fosse sempre igual.

Vitor Joaquim, maio 2016

Vitor Joaquim
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